Setembro chegando e também aproximam-se os dias de Acampamento Farroupilha, tradicional festa Gaúcha. Então, nada melhor que deliciar-se com em entrevero, prato prático e típico dos acampamentos farroupilhas em todo o Rio Grande do Sul.
(Logo abaixo da receita, leia um pouco sobre a Tradição Farroupilha).
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FOTO: ALVARÉLIO KUROSSU, maio de 2010 |
Ingredientes do delicioso "entrevero", prato tradicionalmente servido nos acampamentos farroupilhas e nos centros de tradições gaúchas do sul do Brasil:
200g de bacon picado
200g de coração de frango
200g carne de frango
200g carne de bovino
200g carne de suíno
200g linguiça
1 pimentão picado
1 cebola picada
2 tomates
folhas de alface
molho de soja
fatias de queijo
maionese
pães
Modo de preparo:
Comece refogando em uma frigideira o bacon e o coração de galinha, deixe dourar bem.
Enquanto isso, em outra panela, refogue a cebola e o pimentão picados.
Agora junte o bacon e o coração na mesma panela da cebola e pimentão.
Usando a mesma frigideira, refogue a linguiça em rodelas e a carne de porco em pedaços pequenos, quando estiverem dourados junte na outra panela, sempre em fogo baixo.
Volte para a frigideira, coloque a carne bovina e o frango em pedaços, quando cozinharem irão pra panela também.
Agora é hora de misturar tudo e aumentar o fogo.
Entre com os tomates picados e o molho de soja (menos de meio copo) e misture tudo.
Abra os pães (pode ser cervejinha, pão francês, cacetinho (sul), baguete..), espalhe maionese, coloque uma fatia de queijo e por cima de tudo, capriche no entrevero de carnes, para finalizar, uma folha de alface.
Vá preparando e servindo ou cada um faz o seu entrevero.
Taí, uma bela refeição ou um lanche completo para satisfazer paladares gaúchos e dos amigos dos outros estados também.
Experimente.
A Tradição Farroupilha
Em Porto Alegre o evento ocorre todos os anos de 7 a 20 de setembro no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (apesar de se chamar "semana farroupilha").
As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significativos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha.
A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-rio-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.
Acontecendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século XVII o Rio Grande do Sul já sediava as disputas entre portugueses e espanhóis. Para as lideranças locais, o término dessas disputas mereciam, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do Sul, como ressarcimento às gerações de famílias que lutaram e defenderam o país. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo,passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina.
Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-rio-grandense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.
As comemorações do Movimento Farroupilha, que até 1994 restringiam-se ao ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e ao feriado municipal em algumas cidades do Interior, ganharam mais um incentivo a partir do ano 1995. Definida pela Constituição Estadual com a data magna do Estado, o dia 20 de setembro passou a ser feriado. O decreto estadual 36.180/95, amparado na lei federal 9.093/95, de autoria do deputado federal Jarbas Lima, especifica que "a data magna fixada em lei pelos estados federados é feriado civil".
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